Mug Appreciation
Tinha uma tara por canecas. Canecas, todas as cores, os tipos, os tamanhos. Canecas pequenas, dignas daqueles cafés da tarde grandiosos, com cheiro de pão recém-tirado da fornalha. Ou, ainda melhor, canecas cheias de chá, café, frappé. Sentar à frente do computador em um dia frio. A caneca do lado, sempre, onde já se viu? Enrolar-se em um cobertor, como uma gata, lendo um livro, daqueles gigantes, épicos, delirantes. Viajar em um mundo de palavras, degustando cada gole da delícia que era. Chá, café frappé. Um dia, um vento traiçoeiro entrou forasteiro. Provocou um arrepio e um desastre. A caneca foi-se ao chão, destroçou-se, trincou em vários pedaços, de várias maneiras. Sua caneca preferida, dizia ela. Chorou, mais do que choraria por qualquer gente. Porque, entenda, ela amava canecas.
Perdeu-se, desanuviou a mente. Desvario total. Mas, entenda, ela amava canecas, mais do que a si própria.
- Não entendo
- Não é pra entender
Restou-lhe juntar os cacos, momento fúnebre, a morte de um ente querido.
2 Comentários:
*-* Que que é isso? como tu escreve assim meldels! Detalhe que eu sou inspiração hã-hãm 8)
o texto que eu odiei. Desgraçada, vai escrever bem assim na conchinchina. (:
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